José Alfredo dos Santos Filho (Pastor, Teólogo, Escritor e Jornalista).
Pronto, agora sabemos qual a origem da “hermenêutica” e quem é o seu “pai”. Cabe-nos agora a capacidade e graça para identificá-lo (ou personificá-lo) com outros deuses que conhecemos literalmente, inclusive biblicamente.
É de suma importância que não nos fechemos para o conhecimento, mas que aprendamos e nos permitamos a agregá-lo sempre que puder, para aumentar nosso campo de visão e entendimento sobre o universal, e não apenas ficarmos no local, num “universo” restrito, fechado que nos aprisiona e nos impede de enxergar o mundo como ele o é, quem o governa, quem dita às normas e condutas de todos os seres viventes, influenciando assim a toda transformação de “espaço” e “tempo” em nosso planeta.
Hermes, segundo a mitologia, é o criador do “mundo inferior”. Está diretamente ligado a formosura, vaidade, egoísmo, presunção, avareza, absolutismo. Ele, Hermes, quer ser “senhor” de todas as coisas, de tudo. Ele não admite outro além dele, e para que assim seja, segundo a sua vontade, ele rouba, ameaça, mata, destrói. Todos têm que se encurvar diante dele.
Mas para melhor nos situarmos, abramos outra discussão. Por exemplo, a “trindade” tão defendida e entendida por muitos teólogos está presente em todas as civilizações, particularmente a que estamos estudando agora, a grega. Hermes, deus grego, filho de outros dois deuses, “Zeus” e “Maia” é o criador do “mundo inferior”, ou seja, do “mundo material”. Está ai a “trindade divina”. E, acredito, que por força da própria argumentação teológica, matemática e filosófica torne-se necessário tal dogma (ou conceito) para formalizar o conteúdo do surgimento do próprio Hermes. Sabemos que há necessidade de fazer surgir filhos através de um casal (macho e fêmea), senão tudo irá desaguá numa mentira incontestável sobre o nascimento de quem se diz e quer ser “deus”.
Observemos que Hermes “furtou”, inventou o “fogo”, os “sacrifícios”, as “sandálias mágicas” e a “Lira”. Igual a ele tem em várias culturas deuses iguais. Particularmente, encontramos na história judaica um deus igual a Hermes. Vejamos: No Jardim do Éden está lá um ser (serpente) que diz ser a mais astuta dentre todos os animais. Este animal fala, tem o poder da comunicação, tem linguagem e palavra, sabe usar os sons e se articula bem, é persuasivo, estratégico, e prendendo a atenção da mulher a leva a um diálogo que a levará a desgraça (Gênesis 3: 1-6). Soube usar sabiamente todos os “sentidos” humanos (Audição, Visão, Tato, Olfato e Paladar) para alcançar seus objetivos. Quais eram mesmo os objetivos da serpente?
Continuaremos na próxima aula... Que Deus os abençoe e abram os vossos entendimentos (Oséias 4: 6).
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