Sendo assim, a nacionalidade daqueles que nascem no país, ainda que seus pais sejam de outro país ou nação, será primária quanto a sua cidadania. A descendência não pode sobrepor a nacionalidade, principalmente a título de discriminação do seu país de origem. Quando isso acontece, há uma mentira e crime cometido contra todo povo daquele país. Todos que nascem no Egito, são egípcios, assim como todos que nascem no Brasil, são brasileiros, ainda que seus pais sejam de outros países.
O povo hebreu (depois denominados como povo de Israel e por fim judeu) não tem lugar de origem definido, senão a de seu ancestral Abrão. Segundo o Gênesis bíblico, Abrão nasceu em Ur, cidade caldéia da Mesopotâmia, e recebeu supostamente do Senhor a ordem de abandonar seu povo e se estabelecer na terra de Canaã (terra prometida). Isso teria ocorrido por volta de 2000 a.C. e seus descendentes teriam se multiplicado e formado o povo israelita. Mito vindo da história em que conta o encontro de Jacó, neto de Abrão, com um “ser divino” que mudou o seu nome para Israel. O que dá a entender é que por aplicar golpes nas pessoas à sua volta, mudavam de lugar e de nome para que não fossem reconhecidos, porque continuavam a mentir e aplicar golpes em outros povos. Foi o caso de Abrão e Sarai, Isaque e Jacó que enriquecem enganando, aplicando golpes, mentindo. O mito explicativo da origem de um povo, a partir de um ancestral comum, é bastante desenvolvido em sociedades primitivas nômades e pastoris, como a dos primitivos hebreus. Todos os povos têm histórias como essas que foram transmitidas oralmente por seus ancestrais. Não é uma particularidade do povo hebreu. Mas, nem sempre se pode confiar em seus relatos como cem por cento verdadeiros por causa dos exageros e demonstração de superioridade quanto a seus deuses, anjos e demônios que realiza acontecimentos mirabolantes, grandiosos mostrando poder, força e fama, geralmente para intimidar e ameaçar a outros povos. São mais “estórias” que história propriamente dita. Escritores, cientistas são contratados para fazer valer os “ditos e contados” como verdadeiros. E isso tem custado muito aos seus cofres.
Nesse estágio, os israelitas, portadores de uma economia nômade e pastoril, viviam em clãs (famílias extensas), compostos pelo patriarca de cada clã. O poder e o prestígio eram personificados pelo patriarca, e os laços interclãnicos eram frouxos. Isso explica os relacionamentos entre pais e filhas, e irmãs com irmãos. Os semitas (descendentes de Sem, filho de Noé) são os que mais primaram por não permitir a mistura, a ponto de proibir o relacionamento com familiares e parentes próximos como filhos e filhas de seus irmãos Jafé e Cam. Isso provocado pela maldição que Noé, o único patriarca que supostamente sobreviveu ao dilúvio, lançou sobre seu neto Canaã. Daí a insistência dos descendentes de Sem em tomar as terras de Canaã para fazer valer a maldição, porque os descendentes de Canaã prosperaram, e muito, nas terras que ocuparam antes mesmo de Abrão chegar lá. Lendo o capítulo 12 de Gênesis saberemos que quando Abrão chegou a Canaã, a terra estava ocupada pelos cananeus, certamente descendentes de Canaã (Gênesis 12.6). O problema é sempre o mesmo: pessoas que escrevem para fortalecer os mitos, e não a verdade.
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